quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Como encanta a liberdade!

Não ter ninguém influenciando suas decisões,
Ninguém a quem precise pedir dinheiro, permissão ou companhia...
Ninguém com quem se preocupar.
Parece incrível, não é?

... mas o que fazer quando tanta independência vai se convertendo em solidão?

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

sábado, 22 de setembro de 2012

E se eu simplesmente desistisse de tentar ser equilibrada?
Tenho refletido tanto sobre sonhos e sonhado tão pouco. Acho que isso está errado.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Início e Fim

Nasce o sol,
Abrem-se os olhos,
Surgem sonhos.

Vem o tempo,
Chega a fome,
Cansam-se as pernas,
Prevalece a dor,
Escapa o senso,
Vence a morte.


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Mais sentindo que pensando...


"De repente, não mais que de repente 
Fez-se de triste o que se fez amante 
E de sozinho o que se fez contente. 

Fez-se do amigo próximo o distante 
Fez-se da vida uma aventura errante 
De repente, não mais que de repente."
(Vinícius de Moraes, Soneto de separação)


E doeu, como doeu...

Zé de Serrania me diria:

 " O amor é uma dor
É um tédio sem remédio..."

Será mesmo Zé?

O amor não dói, 
Amar tanto faz com que eu me sinta mais viva.

Oras, e o que doeu tanto?

Doeu ter que não mais que de repente refazer todos os meus planos.
Doeu querer aqueles braços em meio a muitos outros abraços,
e não compartilhar mais as boas notícias,
e continuar sentindo, ainda que timidamente, a esperança de um recomeço
Doía não saber o que fazer quando minha única vontade era gritar que eu amo!

O que dói não é o amar.
Este amor ainda está aqui, talvez perdure por todo o sempre, mutante como eu e como os outros amores que tenho na vida...
Entretanto há agora a alegria de ver que meu amado é mais feliz longe de mim.
E há o alívio, porque já não existem rancores, nem desejos, nem medos, nem esperanças.

E me resta seguir,
"E esquecer tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito..."
(Vinícius de Moraes, O verbo no infinito)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Saudade

O inverno me fita o coração,
E ante o espectro desse deus malfadado
Surge uma vaga forma num clarão
Mansa e etereamente feroz,

És tu, que me invades e calado
Finda a tempestade de frio atroz
E o gelo se dissolve em lágrimas
Inteiramente por ti, inefáveis.

Oh mais belo dos sentimentos, 
Os sóis mais esquecidos e afáveis
Sonham ter em seus seios tua bondade

Não és alegre... nem triste,
És simplesmente doce,
Sublime saudade.

(Nágila Ramos e Rubens Alves)

Mas o que é saudade?

Aurélio responde:

  1. 1. Lembrança grata de pessoa ausente ou de alguma coisa de que alguém se vê privado.
  2. 2. Pesar, mágoa que essa privação causa.

Mas se a lembrança é grata, não há de haver mágoa, nem pesar.
Falta ou lembrança? Falta e lembrança?
Posso ter boas lembranças de algo ausente e não querer tê-lo outra vez. Então, não é saudade?

Sentir saudades...  Isto ora me faz rir, ora me faz chorar. Porém mesmo quando choro, o choro não é triste, é uma emoção bonita, que me acalma.
Sim, para mim sentir saudade é bom. 

"Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito (...)"
C.L.