Love may not be enough.

Estava encantada. Sentindo nascer uma nova paixão.
E repentinamente, um encontro que despertou sensações que não mais existiam.
Estaria apenas adormecido aquele velho amor?
E então uma tempestade de sentimentos.
Ela não sabe mais para onde ir.

Talvez

Aquele foi o primeiro amor.
Ele queria um lar e filhos e natais em família.
Ela, não.
O que lhe tomava era uma atração pela instabilidade.
O desejo de correr o mundo,
de mergulhar em ilusões,
de morrer de amores quantas vezes a vida permitisse.

Ele, juiz, três filhos e uma esposa dedicada.
Talvez seja feliz.
Ela, dançarina, muitos fãs e espetáculos e viagens...
Não se sabe aonde foi parar.
Talvez tenha mesmo morrido de amor.

Como encanta a liberdade!

Não ter ninguém influenciando suas decisões,
Ninguém a quem precise pedir dinheiro, permissão ou companhia...
Ninguém com quem se preocupar.
Parece incrível, não é?

... mas o que fazer quando tanta independência vai se convertendo em solidão?

Se os olhos não vêem, o coração não sente. 

Que mentira!

E se eu simplesmente desistisse de tentar ser equilibrada?
Tenho refletido tanto sobre sonhos e sonhado tão pouco. Acho que isso está errado.

E ele vive do hoje.
Vive de pão e de amar,
Porque o amanhã é só um sonho...